Burnout digital e sua relação com a gestão de marca pessoal (Personal Branding)

Paulo Moreti

No mundo de hoje, a tecnologia digital tornou-se parte integrante de nossas vidas, tanto pessoal quanto profissionalmente. Nós a usamos para nos comunicar, trabalhar, nos entreter e até mesmo para construir nossa marca pessoal. No entanto, embora a tecnologia tenha trazido inúmeros benefícios, ela também levou a um novo fenômeno chamado de burnout digital, que se tornou cada vez mais relevante nos últimos anos.

Segundo pesquisa apresentada em um artigo da VOCÊ RH, nós somos o segundo país mais conectado do mundo!!!

Em outro estudo solicitado pela VOCÊ RH para a Fiter, onde 101 profissionais foram entrevistados e identificou-se que 63% deles, relacionam o excesso de exposição a dispositivos eletrônicos a sentimentos de estresse e ansiedade.

Para você que é assinante da VOCÊ RH poderá ver neste link a matéria na íntegra e que trata de todo essa questão e seu impacto no ambiente de trabalho. (https://vocerh.abril.com.br/saude-mental/burnout-digital-novo-fenomeno-leva-empresas-a-incentivar-a-desconexao/).

Neste artigo vou explorar o que é o burnout digital, suas causas e sintomas e como ele está relacionado à marca pessoal.


Primeiro vamos entender o que é Burnout digital.

O burnout digital é uma forma de exaustão causada pela superexposição à tecnologia digital, incluindo smartphones, laptops, plataformas de mídia social e outras ferramentas digitais. É resultado da pressão constante para permanecer conectado e disponível online, o que pode levar a uma falta de equilíbrio entre nossas experiências digitais e do mundo real. Quando estamos constantemente verificando nossos celulares, respondendo a e-mails e navegando nas mídias sociais, estamos essencialmente vivendo em um estado de atenção parcial contínua. Isso nos faz ficar sobrecarregados, estressados e ansiosos, levando a um declínio em nossa saúde física e mental.


Causas do Burnout Digital

As causas do burnout digital são variadas e complexas. Aqui estão alguns dos mais comuns:

  • Sobrecarga de informação: Vivemos em uma era de sobrecarga de informação. Somos bombardeados com e-mails, notificações de redes sociais, alertas de notícias e a necessidade de nos posicionarmos como marcas pessoais nas diversas mídias. Tentar acompanhar todas essas informações pode ser opressor e estressante, levando ao esgotamento.
  • Conectividade Perpétua: Estamos constantemente conectados aos nossos dispositivos digitais, tornando difícil desconectar e fazer uma pausa. A pressão para estar sempre disponível e de mostrar que estamos sempre produtivos, também pode ser desgastante e levar ao esgotamento.
  • Mídia social: A mídia social tornou-se parte integrante de nossas marcas pessoais, e muitos de nós passamos horas percorrendo feeds, postando atualizações e interagindo com outras pessoas. No entanto, a comparação constante e a pressão para manter uma presença online se torna para muitos, estressante.
  • Multitarefa digital: A multitarefa é uma prática comum na era digital. No entanto, tentar fazer muitas coisas ao mesmo tempo, estar em todas as redes sociais pode levar à falta de foco e produtividade, causando também esse esgotamento.



Não é o foco deste artigo, mas não seria ético da minha parte não trazer o máximo de informações e os impactos sobre esse novo fenômeno, o burnout digital, para que você fique atento aos seus hábitos digitais.

 

Sintomas de Burnout Digital

Ele é um fenômeno silencioso que quando vemos já está instalado em nós, o burnout digital pode se manifestar de várias maneiras. Aqui estão alguns dos sintomas mais comuns:


  • Fadiga: Pode causar cansaço extremo, mesmo após uma “boa” noite de sono. Essa fadiga pode ser física, emocional ou mental.
  • Diminuição da Produtividade: Pode causar um declínio na produtividade e motivação, dificultando a conclusão de tarefas com eficiência.
  • Irritabilidade: Pode causar irritabilidade, alterações de humor e explosões emocionais.
  • Sintomas físicos: Pode levar a sintomas físicos, como dores de cabeça, dores nas costas e problemas estomacais.
  • Falta de concentração: Pode dificultar a concentração e o foco, levando a um desempenho ruim no trabalho.



Agora que você já tem uma noção sobre esse novo fenômeno e como ele pode se manifestar, vamos ver sua conexão com a gestão de marca pessoal.


Como a gestão de marca pessoal está relacionada ao burnout digital?

O Personal Branding, como você já sabe, é a prática de gerir a construção e manutenção de uma marca pessoal por meio das habilidades, valores, crenças, diferenciais e experiências profissionais e pessoais, seja no ambiente offline quanto no on-line. Tem sido muito utilizado nos dias de hoje para se trabalhar as mídias sociais, sites, blogs e outras plataformas digitais.

A gestão de marca pessoal é uma ferramenta poderosa para construir a reputação de um profissional, para que avance em sua carreira, porém quando esse profissional se lança no mundo digital sem estratégia, a falta de clareza do que fazer, de quem é seu público-alvo e em quais mídias sociais se apresentar, o leva assim a estar em TODAS elas achando que desta maneira impactará um público muito maior, porém a falta de gestão e direcionamento com base nas estratégias de marca pessoal o levará a uma produção excessiva de materiais e muitas cobranças de ter que produzir, produzir, produzir para que tenha resultados, o que com toda certeza não ocorrerá e, muito provavelmente, causará o burnout digital .

Quando não se possui um planejamento com base em uma estratégia de marca pessoal (Personal Branding), alguns pontos podem levar a esse burnout digital:


  • Pressão para manter uma presença online: A marca pessoal sem um plano estratégico, exige que você mantenha uma presença online, postando atualizações constantemente, interagindo com seguidores e criando conteúdo, alucinadamente. Sabe aquela história de que você tem que postar 10 stories por dia, vários carrosséis, fazer reels, tudo isso durante vários períodos do dia!!!. Isso será cansativo e levará ao esgotamento.
  • Comparação com outros: A falta de uma estratégia de marca pessoal geralmente leva a comparações com outras marcas pessoais. Isso pode gerar sentimentos de incapacidade, estresse e esgotamento enquanto você tenta acompanhá-los, o problema que a estratégia do outro é feita baseada na marca dele e copiar só trará stress para você e não resultados.
  • Superexposição às mídias sociais: A mídia social costuma ser uma parte crucial da marca pessoal, mas gastar muito tempo nessas plataformas pode levar ao burnout digital. Ficar constantemente verificando suas notificações, respondendo mensagens e rolando os feed leva a ansiedade, angústia, diminuição da produtividade, concentração e motivação.
  • Inautenticidade: A falta de gestão de marca pessoal também levará o profissional a um possível burnout digital se sentir que precisa apresentar uma determinada imagem ou persona que não se alinha com o seu verdadeiro eu, porque outros estão tendo “sucesso” utilizando um determinado jeito de se promover. Manter uma falsa autenticidade será emocional e mentalmente exaustivo, levando ao burnout digital ao longo do tempo.


 

Lembre-se:

A Marca Pessoal nasce da experiência e reflete a sua verdade – Paulo Moreti

 

 

Como evitar o burnout digital ao construir sua marca pessoal

Simples!!! Ao construir uma marca pessoal utilizando o processo de Personal Branding, as questões de esgotamento não estarão presentes, porque além de ser ter clareza de como é essa marca pessoal, seus valores, diferenciais, ela possuirá um posicionamento objetivo e o entendimento de seu público-alvo, o que fará com que suas estratégias de aparição nas mídias sociais sejam assertivas, coerentes e com uma periodicidade adequada, o que não significa que não haverá trabalho a ser feito, mas com certeza não ao ponto de você ter um "piripaque".

Aqui estão alguns pontos para ajudar a manter o equilíbrio e evitar o burnout digital enquanto constrói sua marca pessoal:


1º Busque assessoria qualificada: busque por uma assessoria em Personal Branding com profissionais que realmente estejam qualificados a trabalhar com a estratégia de construção de marca pessoal, não estou falando aqui de assessoria de marketing pessoal ou digital, nem consultoria de imagem, muito menos de coaching, estou falando profissionais que trabalham na construção da sua marca pessoal, que atuem com um processo de autoconhecimento e desenvolvimento da sua plataforma de marca pessoal que dará todas as diretrizes para, aí sim, se trabalhar a comunicação desta marca pessoal para o mercado e nesse momento estamos falando de marketing pessoal e digital, imagem e todas as outras áreas.


2º Defina limites: Trabalhar essa estratégia, também significa, ter limites para o uso digital, incluindo horários específicos em que você verificará seu e-mail e mídias sociais. Evite usar seus dispositivos e se conectar em momentos como: durante as refeições ou ao se deitar antes de dormir, e necessário também fazer pausas na tecnologia ao longo do dia, devemos pensar em nossa saúde, não somente no profissional.


3º Pratique a atenção plena: Incorpore práticas de atenção plena em sua rotina diária, como meditação, respiração profunda ou outra que você conheça. Essas práticas podem ajudar a reduzir o estresse, aumentar o foco e a concentração.


4º Seja Autêntico: Construa sua marca pessoal em torno da sua autenticidade, em vez de tentar apresentar uma imagem que não se alinhe com quem você é. Isso ajudará a evitar o esgotamento e manter um senso de autenticidade e propósito.



5º Terceirizar quando possível: Nem tudo precisa ser feito, nem tudo tem você tem que fazer, considere terceirizar certas tarefas relacionadas à produção de algumas coisas referente à sua marca pessoal, como criação de conteúdo ou gerenciamento de mídia social, para reduzir sua carga de trabalho e evitar o esgotamento. Isso não significa abrir mão do controle da sua marca pessoal, mas sim que você tem um projeto tão sólido que pode colocar pessoas para trabalharem nos processos, seguindo o documento (plataforma de marca) que contém sua estratégia.




Paulo Moreti, especialista em personal branding, publicitário, coach e autor.

Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
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