Slash Career Concept - uma pessoa, múltiplas carreiras: construindo uma marca pessoal poderosa com três pontos-chave

Paulo Moreti

Esse conceito de um profissional “slash” não é novo, ele ganha destaque em 2007 com a autora Marci Alboher em seu livro One Person/Multiple Careers: A New Model for Work/Life Success”, que em uma tradução livre para o nosso idioma, significa “Uma pessoa, múltiplas carreiras: um novo modelo para o sucesso no trabalho/vida”.


Nele Marci traz a ideia de que as pessoas não devem ficar restritas a apenas um único emprego durante sua jornada profissional, mas que podem, sim, ao longo de suas carreiras desempenhar diversos papéis, além de interesses e habilidades diversas.


A Slash Career, tem muito a ver com o desenrolar do mercado profissional e suas necessidades, mas também com a sensibilidade que um profissional tem de um olhar mais abrangente sobre o mercado. O surgimento deste tipo de profissional pode ocorrer por diversos motivos: uma habilidade que pode ser rentabilizada, pela parte acadêmica desenvolvido em sua trajetória ou até mesmo por meio de um hobby.


Em meio a esse cenário no qual o profissional está inserido hoje, tão competitivo e dinâmico, esse conceito está intrinsicamente ligado a se ter uma marca pessoal poderosa o que acaba não sendo apenas uma vantagem competitiva; mas sim uma necessidade. A marca pessoal é um reflexo único e atraente das habilidades, valores e experiência que o profissional possui e isso impacta ou direciona para a possibilidade da Slash Career. Isso diferencia o profissional no mercado de trabalho e abre portas para oportunidades interessantes.


Hoje quero fazer você refletir sobre essa possibilidade e para isso trago três pontos-chave que irão guiá-lo(la) na construção de uma marca pessoal potente que o(a) colocará em uma trajetória de sucesso.


Não poderia ser diferente e iria contra meu total entendimento da importância, se não começasse falando da autenticidade, pois ela é que reflete quem se é de verdade.

 

1) Autenticidade: a essência de uma marca pessoal forte

A autenticidade como já falei inúmeras vezes, é a base de uma marca pessoal atraente, afinal em um mundo repleto de superficialidade no qual estamos inseridos nos dias de hoje, a autenticidade é um ponto que se destaca e ressoa em meio àqueles que se conectam com nossa marca pessoal em algum momento de nossa jornada. Sua marca pessoal deve ser uma representação genuína de quem você é e daquilo em que acredita, cultiva nos nossos stakeholders a confiança, e por sua vez, essa confiança, é a base de qualquer marca pessoal significativa.


Para construir uma marca pessoal autêntica, deve-se começar abraçando o verdadeiro eu, parece um papo de terapia, mas é totalmente verdadeiro, quando se compreende seus valores, crenças, princípios, seus pontos fortes, paixões e experiências únicas, a marca pessoal estará alinhada com sua identidade central.


Para isso, tudo deve começar no trabalho de autoconhecimento, que ajudará a definir a essência da sua marca, refletindo-se sobre o que o(a) torna único(a) e o que “se traz para a mesa de negociação”. Sempre se pergunte: Quais são os seus valores? Qual a sua missão? Pelo que você quer ser conhecido(a) em sua vida profissional?


A autenticidade, nos leva a outro tópico importante, a consistência, que é crucial na construção dessa marca pessoal autêntica. Suas personas online e offline devem ser harmoniosas, seu perfil do LinkedIn, site pessoal, blog e presença nas redes sociais devem refletir os mesmos valores, interesses e objetivos de suas interações pessoais, que reforçará assim a autenticidade.


Deve-se ter um cuidado muito grande nesta era digital em que estamos, onde grande parte da nossa presença profissional é online, então manter uma imagem consistente se torna imprescindível. Por exemplo, o perfil do LinkedIn deve ser um reflexo de quem se é no mundo real, suas postagens e interações nas redes sociais devem estar alinhadas com a imagem que você construiu cuidadosamente ao longo da jornada profissional.

Cuidado, pois inconsistências podem prejudicar a autenticidade da sua marca.


Um grande cuidado que se deve ter nesta era digital é que devemos nos mostrar e não contar!


Mas como assim, Paulo?


Explico! Na busca pela autenticidade, as ações falam mais alto que as palavras. Mostrar sua autenticidade envolve demonstrar seus valores e crenças por meio de ações, e não apenas professá-los. Compartilhe sua jornada, seus fracassos, como os superou e seus sucessos, deixe as pessoas verem o seu lado humano.


Por exemplo, se você valoriza a as questões sociais, envolva-se ativamente e compartilhe suas experiências, compartilhe seus desafios e seu progresso. Essa autenticidade terá um impacto mais significativo no seu público do que simplesmente declarar o seu compromisso com as questões sociais.

 

2) Liderança inovadora: compartilhando sua experiência

Estabelecer-se como um(a) líder inovador(a) em sua área é uma estratégia poderosa para construir uma marca pessoal atraente. Quando se fala em Liderança Inovadora, isso envolve compartilhar seu conhecimento, percepções e experiências com seus pares, colegas e com o setor em geral, o que irá posicioná-lo(la) como uma autoridade em seu domínio e ampliará sua credibilidade.


Mas para isso é importante identificar o seu nicho – a área onde possui profundo conhecimento e experiência. Portanto você precisa se perguntar:

Por quais tópicos sou genuinamente apaixonado?


Quais são os meus pontos fortes?


Um ponto que está conectado a identificação de seu nicho é a questão de se compartilhar conhecimento e ideias, então é muito importante que você escreva artigos, postagens e white Papers sobre assuntos que interesse a esse nicho que deseja atingir, eles devem fornecer insights e/ou soluções a esse público.


Além disso, outras formas valiosas de se estabelecer como líder inovador(a) seria palestrar em conferências, webinars e seminários, isso permitirá com que você mostre seus conhecimentos, o(a) posicionando como um(a) especialista na sua área de atuação, além, é claro, da possibilidade de se publicar um livro ou e-book. Por mais que hoje muitos possam se considerar autores e publicarem obrar por conta própria, se você tiver experiência substancial em sua área, considere escrever um livro ou e-book, ser um autor publicado aumenta significativamente sua credibilidade e autoridade.

 

3) Netweaving: Construindo Relacionamentos Significativos

Networking é um elemento fundamental da marca pessoal, ele envolve conectar-se com profissionais, mentores e potenciais empregadores ou clientes com ideias semelhantes. Construir relacionamentos significativos é vital para expandir seus horizontes profissionais, mas gostaria de ressaltar aqui que sou mais fã ainda do netweaving. Ele defende a ideia de criar relacionamentos profissionais baseados na reciprocidade, livres de interesses materiais, diria que estamos frente ao networking 2.0, estou falando de se ter uma troca de experiências sem expectativas. O termo netweaving, surgiu em 2003, no livro The Heart and Art of Netweaving: Building Meaningful Relationships One Connection At a Time”, do autor americano Robert Little.


Quando se trata de netweaving, a qualidade supera em muito a quantidade. Construir relacionamentos relevantes significa envolver-se com outras pessoas de forma autêntica, não estou falando de colecionar cartões de visita, mas sim de estabelecer conexões genuínas.


Isso também conecta com o que falei um pouco acima sobre participar de eventos do setor, como conferências, seminários e workshops, pois eles oferecem excelentes oportunidades de netweaving. Se me permite dar uma dica, não se limite apenas ao seu círculo próximo; faça um esforço para conhecer novas pessoas e iniciar conversas.


Também é interessante nesse relacionamento, conectar-se a associações profissionais relacionadas ao seu setor, pois elas normalmente oferecem plataformas estruturadas para esse relacionamento.


O netweaving é uma via de mão dupla, você precisa estar disposto a oferecer assistência quando puder, fornecer aconselhamento, orientação ou referências quando apropriado. Simultaneamente, não hesite em procurar aconselhamento ou orientação da sua rede quando precisar.

 

E para que veja a importância do processo estratégico de marca pessoal, podemos voltar ao início deste texto, pois a autenticidade desempenha um papel crucial no netweaving. Seja você mesmo ao interagir com outras pessoas, assim serão construídos relacionamentos autênticos que se tornarão conexões que vão além dos interesses profissionais. Esses relacionamentos podem fornecer apoio, orientação e oportunidades ao longo de sua carreira.

Para fechar o tema de hoje, quero lembrar que sua marca pessoal é uma ferramenta poderosa que pode impulsionar a Slash Career. Incorporar esses três pontos-chave – autenticidade, liderança inovadora e netweaving – ajudará você a construir uma marca pessoal que não apenas o diferencia, mas também causa um impacto duradouro. Sua marca pessoal é sua proposta de venda exclusiva no cenário profissional competitivo e, ao cultivá-la de maneira eficaz, você poderá desbloquear oportunidades e alcançar novos patamares na carreira.


Fonte: Paulo Moreti – especialista em Personal Branding, publicitário, coach, autor.

Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
Mais Posts