LinkedIn: Conecte-se, interaja ou venda-se? Como trabalhar na sua marca pessoal nesta rede

Paulo Moreti

LinkedIn, a principal plataforma de networking profissional, apresenta oportunidades únicas para a marca pessoal, porém, surge algumas perguntas:


Como alguém deve se apresentar nesta rede ou como ela deve abordar outros perfis para se promover ou promover seu serviço?


Será que o foco deveria ser conectar-se, interagir ou vender-se?


Resolvi trazer esse tema, pois tenho visto e ouvido muita coisa... Quero deixar claro que não sou um especialista em LinkedIn e suas métricas, para isso tenho uma profissional, que atua especificamente com C-Level´s, que me dá todo o suporte, porém como especialista em Personal Branding, vejo pessoas com visões equivocadas quanto a essa rede.


Muitas abordagens que recebo no privado, são abordagens “selvagens”, sem se quer ter uma interação inicial de aproximação e conexão, simplesmente “vomitam” suas ofertas geralmente dizendo que já me analisaram e identificaram isso e aquilo ou que tem a solução mágica para mim!!!!

Poderia tratar aqui de etiqueta nas redes, percepção de perfil do público ou até mesmo de um roteiro de vendas, mas o foco não é esse, mas sim, como fica a percepção da marca pessoal do profissional.


“Você nunca tem uma segunda chance de causar uma primeira impressão.” – Aaron Burns

Veja não estou dizendo que não se poder fazer uma venda no LinkedIn, mas sim que existe um processo, que não é tão fast food para isso!


Quem trabalha com marcas pessoais sabe que precisamos gerar conexões humanas e duradouras, gerar experiências positivas, nos conectar com nossa audiência. Estive recentemente no maior evento de Personal Branding mundial, com diversos profissionais que são referência nesta área e afortunadamente amigos, como Guillem Recolons · Personal Branding Strategist - Espanha, Nancy Vázquez - México, William Arruda - EUA, Giuliana Tranquilini - EUA e Ilana Berenholc - Israel, além de falarmos sobre a Inteligência Artificial e o personal branding, poderia dizer que o fio condutor de tudo foi tratar da humanização na comunicação da marca, valores, autenticidade e essência.


Neste artigo quero explorar os 3 pontos para refletirmos, que trago no título do artigo: conectar, interagir, vender.

 

Conectando: a base do networking profissional

Conectar-se no LinkedIn é mais do que apenas adicionar contatos, estamos falando de construir estrategicamente uma rede que se alinhe aos seus objetivos de carreira e negócio, ao se conectar com outros profissionais, você amplia suas oportunidades de aprendizagem, perspectivas de colaboração e descobre novos caminhos de carreira. Precisamos ter sempre em mente que a qualidade das conexões geralmente supera a quantidade. Conecte-se com pessoas que agregam valor à sua jornada profissional, sejam elas líderes do setor, colegas do setor, mentores ou clientes em potencial.


Nesta questão de conexões, precisamos:

  1. Identificar conexões importantes que podem impactar significativamente nossa carreira, o objetivo é criar uma rede que ofereça diversas perspectivas e oportunidades.
  2. Solicitações de conexão personalizadas, para mim é algo importantíssimo nesta rede. Ao enviar solicitações de conexão, PERSONALIZE sua mensagem, uma solicitação genérica é fácil de ignorar, e mostra que o objetivo inicial é diretamente a venda e não a conexão. Já a mensagem personalizada mostra interesse e intenção de se conectar. Claro que não posso ser ingênuo de dizer que neste networking não queremos de alguma forma nos relacionar para gerar negócios, mas não dá para ser abruptamente.
  3. Juntar-se a grupos relevantes! Você já parou para pensar que fazer parte de certas comunidades profissionais, interagindo, contribuindo é uma oportunidade de ouro? Junte-se a grupos relacionados ao seu setor ou de interesses, participe de discussões, compartilhe ideias e conecte-se com outros membros do grupo, eles podem ser o caminho para você demonstrar seus conhecimentos e assim gerar interesse no que você faz.
  4. O mundo não é feito só de receber, é preciso dar!!! Envolva-se com sua rede, uma vez conectado, interaja com ela. Comente as postagens, parabenize-os pelos marcos e compartilhe conteúdo relevante. Esse envolvimento ativo mantém você visível em sua rede e promove relacionamentos profissionais mais fortes.
  5. Qualidade em vez de quantidade, por mais que ter uma rede grande possa ser benéfico, a qualidade das conexões é fundamental. Concentre-se na construção de relacionamentos SIGNIFICATIVOS, em vez de apenas aumentar o número de conexões. É mais provável que uma rede bem organizada ofereça valor na forma de conselhos, oportunidades e suporte.


 

Interagindo: Construindo Relacionamentos

A interação é um componente chave no LinkedIn. Já dei um pequeno spoiler deste tema um pouco acima, mas ele é muito importante, comente, compartilhe e poste conteúdo que reflita sua experiência e interesses profissionais, antes de sair se vendendo literalmente... Por meio da interação, você não apenas mostra seu conhecimento, mas também constrói relacionamentos, a interação consistente e significativa aumenta sua visibilidade e estabelece você como uma voz ativa, relevante em sua área criando a tão desejada reputação.


Interagir significa, envolve-se com o conteúdo de maneira cuidadosa, não apenas goste dos conteúdos; deixe comentários atenciosos, compartilhe suas ideias, faça perguntas ou ofereça feedback construtivo, isso tudo demonstra seu interesse e experiência e pode gerar conversas significativas. Não vou me prolongar e ser repetitivo no que tange compartilhar conteúdos de qualidade e nem sobre ser consistente, pois isso é uma obrigação das marcas pessoais que desejam, nesta relação no LinkedIn, efetuar negócios futuros. Isso é estratégico!!!!


Nunca deixa para amanhã ou sem resposta um contato seu. Respostas oportunas mostram que você valoriza a interação e está comprometido em construir uma conexão. Ocasionalmente, entre em contato pessoalmente com seus contatos, seja para parabenizá-los, comentar uma postagem recente que fizeram ou até mesmo para colocar o papo em dia. Mensagens personalizadas fortalecem seus relacionamentos e mostrar às suas conexões que você as valoriza além do nível profissional. E para mim o principal, seja autêntico, pois isso gera confiança e ajuda a formar relacionamentos profissionais mais fortes e significativos.

 

Vendendo-se: a arte da autopromoção

Vender-se no LinkedIn não significa autopromoção aberta, contatos abusivos, diretos e deselegante, você está num ambiente extremamente profissional. Na verdade, trata-se de apresentar suas habilidades, conquistas e experiências de uma forma que cative o interesse dos outros. Isso pode ser alcançado por meio de um perfil bem elaborado, postagens destacando suas realizações profissionais e envolvimento em discussões relevantes sobre o tema ou serviço que você desenvolve. O segredo é manter o equilíbrio, garantindo que a promoção da sua marca pessoal seja autêntica e alinhada a uma estratégia.


Não estou aqui para dizer como você deve construir estrategicamente seu perfil, pois, para isso existem pessoas muito mais qualificadas e especializadas nessa área. Só não cabe, do ponto de vista da gestão de marca pessoal, encher a caixa de mensagem dos profissionais forçando uma venda, mostrando contundentemente um problema que você “acha” que ele(a) possui ou então vir com o papo de uma análise que você fez incialmente sobre x ou y e que você tem a solução e quer a todo custo marcar uma reunião para “explicar” (que na verdade sabemos que o que se quer é vender), ou obter o endereço eletrônico deste profissional e por dia disparar e-mail tentando convencê-lo com um click aqui!!!


Claro que não serei deselegante e citar uma pessoa/empresa que me abordou no LinkedIn, tentou me empurrar um produto que segundo ele “EU PRECISO”, e mesmo tendo minha negativa, pelo acesso ao meu site, hoje recebo em média 3 e-mails por dia sobre seu serviço

Talvez você concorde ou não comigo, por isso disse que essa é minha visão, de quem atua com gestão de marcas pessoais para C-Level´s, mas veja o que a especialista em LinkedIn, Luciana Ribeiro diz:


“Tem uma analogia que gosto muito que é comparar o LinkedIn com as outras redes sociais. O que funciona em outros ambientes, não vai funcionar aqui, pois o LinkedIn possui características muito peculiares, distintas.


Comparo o LinkedIn como uma grande sala de reuniões. E, assim como um ambiente empresarial, possui seu Dress Code e espera-se um determinado tipo de comportamento.


Imagine que você irá entrar nessa grande empresa e acessar essa sala de reuniões, você não chega colocando a mão na maçaneta e sai entrando e falando tudo o que bem quiser. Primeiro você deve bater na porta, pedir licença, entrar...... Talvez antes disso, marcar um horário. Não é assim nos ambientes corporativos? Aqui, no LindedIn não é diferente.


Fazer um pedido de conexão, por exemplo, sem enviar uma mensagem, a meu ver, é como entrar nessa sala de reuniões sem ao menos bater na porta.

Numa primeira conversa, já oferecer seu produto, querer vender algo, é estupidez e um tiro no pé! A pessoa nem conhece você ainda, e você já vem oferecendo coisas para ela?


As pessoas nesse ambiente, estão trabalhando, ninguém tem muito tempo, por isso é preciso filtrar o que chega para você, e essas são as primeiras mensagens a serem eliminadas”.

 

Por fim, trabalhar sua marca pessoal no LinkedIn para gerar resultados financeiros é um processo contínuo de conexão com a pessoa certa, interagindo de forma significativa, promovendo suas habilidades e realizações de forma autêntica, para que após uma conexão inicial, com tempo de maturação e geração de confiança, se tenha a possibilidade de ir para o próximo passo, O NEGÓCIO!!!!

“Não se venda... Seja!” Paula Vee

 

Fonte: Paulo Moreti – especialista em Personal Branding, publicitário, coach, autor.

Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
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