Seja mais pessoa e menos personagem.
Já dizia em 2017 o criador do Orkut, Orkut Büyükkökten, se não sabe do que estou falando, sugiro dar uma “googada”, ele disse:
“...As pessoas não estão se conectando de verdade, não estão fazendo novas amizades. Redes sociais viraram apenas atualização de status…” (1)
A Royal Society for Public Health (RSPH) no final de 2017 juntamente com a Young Health Movement (YHM) publicaram um relatório(2), #StatusOfMind, onde pesquisaram aproximadamente 1500 jovens ingleses, nas faixa de 14 a 24 anos, para examinarem os efeitos positivos e negativos das redes sociais na saúde destes jovens. A pesquisa feita pediu que pontuassem como as mídias sociais impactavam sua saúde e bem-estar. O relatório trouxe como classificação o Youtube como a mais positiva e, redes como Facebook, Twitter, Snapchat e Instagram como as mais negativas.
A BBC New | Brasil em 2019 trouxe uma matéria intitulada: Como as redes sociais afetam a sua visão de si mesmo(3). Vários são os estudos em andamento que visam compreender essas questões: Belos corpos, sucesso, férias maravilhosas em lugares paradisíacos, selfies em academia, etc, e como isso tem impactado as pessoas negativamente.
Resolvi trazer alguns dados aqui antes de entrarmos realmente no que é a minha expertise, o Personal Branding, para que não fiquemos apenas no campo do achismo, sem fundamentação. As pesquisas demonstram o quanto elas, as redes, têm impactado a vida e a saúde das pessoas. Temos visto várias celebridades e pessoas comuns tendo problemas com alta exposição, simplesmente por não filtrarem ou possuírem uma estratégia sobre o que postam, simplesmente vão lá, postam, e depois acabam arcando com bônus ou ônus de serem canceladas nas redes, sofrem bullying, são ridicularizadas e até viram memes.
Poderia trazer inúmeros cases de pessoas famosas como o do jogador Neymar, o apresentador Tiago Leifert, MC Gui, Gabriela Pugliesi, Luísa Sonza e Whindersson Nunes, o ex-deputado Arthur do Val, que foram impactados pelas redes sociais de alguma forma, essa lista poderia continuar facilmente, com vários anônimos.
Quantas e quantas pessoas tem problemas nas redes sociais ou não pensam na importância das suas marcas pessoais?
Aí entra a questão que quero levantar e que foi o tema dado para este artigo: Seja mais pessoa e menos personagem…
Em minha análise, temos alguns grupos de marcas pessoais navegando nas redes:
Grupo 1: Aqueles que realmente sabem o que fazem, entram nas redes com uma estratégia muito bem definida, com posicionamento claro, planos de ação alinhados e mensuração de resultados;
Grupo 2: Aqueles que olham o que o grupo 1 faz, acha fácil e sentem que podem fazer também. Neste caso estou falando do conteúdo em si e não da estratégia, até porque eles não têm nem ideia do que é e como fazer a estratégia, só acham que isso é FÁCIL DE FAZER!!! E a essa percepção dá-se o nome de Efeito Dunning–Kruger, veja no meu blog lá na Simple You que já escrevi um artigo explicando sobre isso.
Grupo 3: Aqueles que realmente não sabem o que estão fazendo, simplesmente saem fazendo tudo sem estratégia, sem referência, sem assessoria e pior, sem pensar o que isso pode impactar em suas marcas pessoais.
O que começa como uma curtição despretensiosa, termina na maioria das vezes com o famoso “ Deu Ruim”!
Muito me entristece, como gestor de marcas pessoais, ver também empresas que se aproveitam deste momento de overdose das redes e das necessidades das pessoas se exporem, oferecendo espaços fake para esse público criar suas fotos para suas redes. Ok, talvez algu
mas pessoas que estão lendo esse artigo poderão até me criticar dizendo que eles enxergaram uma oportunidade de mercado e vou concordar. Mas como estou aqui expondo a minha visão de gestor de marcas pessoais, prezo pela transparência, honestidade, verdade na comunicação dos meus clientes e que também regem minha estratégia de marca pessoal e também porque sei os danos que isso irá causar lá na frente.



