O que não é Personal Branding: desmascarando 10 equívocos comuns

Paulo Moreti

Em tempos em que o individualismo e a autopromoção são mais proeminentes do que nunca, a marca pessoal tornou-se uma palavra da moda, por mais que venho dizendo há muito tempo não mais uma modinha do mercado, mas sim uma estratégia que se tornou valiosa para o profissional num mercado extremamente competitivo.

Nos últimos anos os profissionais se tornaram mais conscientes da importância de criar e manter uma marca pessoal forte, seja para sucesso profissional, empreendimentos empresariais ou simplesmente para se destacar num cenário digital concorrido. No entanto, à medida que a marca pessoal ganha força, muitos os equívocos aparecem. Minha intenção neste artigo é desvendar esses equívocos e aprofundar-se na essência do que o Personal Branding não é.

A estratégia de marca pessoal (personal branding) não é uma fachada superficial, uma fórmula única para todos ou uma busca obcecada por si mesmo. Vai muito além de logotipos e slogans cativantes e não se trata apenas de acumular seguidores nas redes sociais. Estou falando de um conceito multifacetado que exige um trabalho focado em autenticidade, consistência e uma compreensão mais profunda de si mesmo e do seu público.

Para mim Personal Branding é o processo de desenvolvimento de uma “marca VOCÊ” para expressar suas habilidadespersonalidade e valores, com o objetivo de construir reputação e aumentar a rede de contatos para que o procurem pelo seu conhecimento e expertise.

Mas como o próprio título diz alguns equívocos surgem:

 

Equívoco 1: Marca Pessoal tem a ver com autopromoção

Um dos equívocos mais comuns sobre marca pessoal é que tudo se resume a autopromoção. Alguns veem isso como um exercício de ostentação, tentando provar que são os melhores naquilo que fazem. Embora promover-se seja um elemento da marca pessoal, é apenas uma parte do todo. O que a marca pessoal realmente envolve é a criação de uma narrativa única e autêntica em torno de suas habilidades, valores, crenças, diferenciais, experiência e personalidade. Trata-se de permitir que as pessoas saibam quem você é, o que você faz, para quem faz e porque faz e como você pode agregar valor a elas. Não é apenas gritar: “Olhe para mim!” mas sim: "Veja como posso ajudá-lo".

 

Equívoco 2: A marca pessoal é egocêntrica

Outra interpretação errônea comum da marca pessoal é que ela é essencialmente egocêntrica. Alguns veem a marca pessoal como um meio de alimentar o ego ou de focar exclusivamente em si mesmo. Veja o caso do painel de Led da Times Square em Nova York onde você, por US$40, pode ter seus 15 minutos de fama. Claro que usado de forma estratégica é uma excelente ferramenta para a marca pessoal, as muitos estão apenas alimentando seus egos.

Sua marca pessoal deve repercutir em seu público-alvo, atendendo às suas necessidades, desejos e aspirações. Não se trata de exibir suas conquistas para gratificação pessoal, mas de usar sua história e experiência para beneficiar outras pessoas.

 

Equívoco 3: A marca pessoal é superficial

Um mito predominante é que a marca pessoal é apenas superficial, consistindo em uma presença online refinada, uma foto de perfil atraente e um slogan cativante. Embora esses elementos desempenhem um papel no estabelecimento de uma impressão inicial, a marca pessoal abrange muito mais. A verdadeira marca pessoal traz seus valores, princípios e crenças, além de ter o dever de refletir seu propósito e a maneira como você aborda seu trabalho e sua vida. Uma marca pessoal superficial pode chamar a atenção momentaneamente, mas não sustentará a sua credibilidade e reputação ao longo do tempo. Não se trata apenas de aparências; trata-se de substância e autenticidade.

 

Equívoco 4: A marca pessoal é uma abordagem que serve para todos

A marca pessoal não é um modelo padronizado, ou como falo, não é uma receita de bolo e que pode ser aplicado universalmente. É uma jornada personalizada, a sua jornada, que leva em conta o autoconhecimento, ou seja, a singularidade individual. Muitas pessoas acreditam erroneamente que, se imitarem as estratégias de marca de um profissional bem-sucedidos, alcançarão o mesmo nível de sucesso. Na realidade, uma marca pessoal eficaz é adaptada aos seus pontos fortes, valores e propósito, envolve um processo de autodescoberta para descobrir o que o torna único frente a concorrência e como você pode aproveitar essas distinções para comunicar de forma assertiva sua marca para o mercado. Não se trata de adotar a personalidade ou estratégias de outro profissional; trata-se de criar a sua estratégia e comunicar de forma autêntica sua história.

 

Equívoco 5: Branding pessoal e só para presença online

Em nossa era digital, é fácil presumir que a estratégia de marca pessoal é sinônimo de construção de uma forte presença online. Embora o mundo digital seja, sem dúvida, uma parte crucial na estratégia de marca pessoal hoje em dia, isso não é tudo. O Personal Branding vai além da Internet e abrange todas as facetas da sua vida. Envolve como você se comunica pessoalmente, verbal e não verbalmente, suas ações, suas interações com outras pessoas e sua reputação em suas redes profissionais e pessoais. Não se limita aos perfis de mídia social, mas reflete como você se comporta no mundo real.

 

Equívoco 6: O Persona Branding é estático

Algumas pessoas acreditam que, depois de estabelecer a estratégia de marca pessoal, ela permanecerá inalterada durante toda a vida. Esse equívoco ignora a natureza fluida da marca pessoal que está em constante evolução. As marcas pessoais evoluem com o crescimento pessoal, mudanças nas circunstâncias e novas experiências, à medida que você aprende, adapta e refina suas habilidades e valores, sua marca pessoal deve refletir essas mudanças. Não é uma imagem estática, mas um reflexo dinâmico da sua jornada.

 

Equívoco 7: Estratégia de arca Pessoal é para celebridades e empreendedores

Outro equívoco muito comum é achar que o processo de personal branding só é relevante para celebridades, empresários ou indivíduos de destaque. Na verdade, o personal branding é aplicável a todos os profissionais de qualquer área de atuação e em qualquer fase de suas carreiras; é um conceito universal que todos podem se beneficiar ao compreender e cultivar. Sua marca pessoal influencia a forma como você é percebido em sua vida profissional e pessoal, afeta suas oportunidades de trabalho, seus relacionamentos e sucesso em geral.

 

Equívoco 8: O Personal Branding (estratégia de marca pessoal) tem a ver com quantidade em vez de qualidade

Muitos acreditam erroneamente que a estratégia de marca pessoal é um jogo de números, enfatizando a quantidade de seguidores, curtidas ou conexões nas redes sociais.

Construir conexões genuínas e significativas é mais valioso do que acumular um grande número de seguidores, mas desinteressados. Não se trata de perseguir métricas superficiais, mas de cultivar relacionamentos com aqueles “prospects” que realmente se identificam com sua marca. Envolvimento de qualidade e interações autênticas são as chaves para o sucesso da marca pessoal, priorize a qualidade em vez da quantidade.

 

Equívoco 9: Personal Branding é uma solução rápida

Profissionais esperam que uma estratégia de marca pessoal produza resultados imediatos. Eles acham que, seguindo um conjunto de etapas, podem transformar instantaneamente sua reputação e carreira. No entanto, a marca pessoal é um empreendimento de longo prazo, construí-la de forma autêntica e sólida exige tempo, esforço e consistência. Não é uma solução rápida ou um atalho para o sucesso, é um processo construtivo contínuo de autoaperfeiçoamento, autorreflexão e adaptação.

 

Equívoco 10: O Personal Branding é um esforço individual

Embora a construção de uma marca pessoal comece com autoconsciência e autoapresentação, não é uma jornada solitária. Esforços e relacionamentos colaborativos desempenham um papel crucial na marca pessoal. Lembre-se você pode até desenvolver sua estratégia sonho marca é criada na mente consumidor, o que quero que você compreenda é que ela não é construída apenas por você; também é moldada pela forma como os outros percebem e interagem com você. Networking, orientação e colaboração com outras pessoas podem influenciar significativamente a estratégia de construção de sua marca pessoal.

 

Com a consciência cada vez maior da importância do Personal Branding na construção e gestão da marca pessoal do profissional, é importante dissipar os equívocos que obscurecem a verdadeira natureza deste processo, que envolve crescimento, reflexão e adaptação contínuos. É uma jornada que requer uma abordagem holística, abrangendo tanto do mundo digital quanto o real.

Quis “desmascarar” esses equívocos, para que você possa compreender melhor a verdadeira essência da estratégia de marca pessoal e usá-la a seu favor na construção de uma vida e carreiras significativas e bem-sucedidas.




Fonte: Paulo Moreti – especialista em Personal Branding, publicitário, coach, autor.

Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
Por Paulo Moreti 5 de agosto de 2024
Deixa eu te contar uma coisa! Com o advento da pandemia, parece que o mundo andou a passos largos, mas na verdade deu saltos enormes. De um minuto para o outro, o que não era cabível, como trabalhar em casa, se tornou padrão. A tecnologia se tornou imprescindível, e a ferramenta que conectava a todos e, principalmente, fazia a economia continuar respirando. Mas não foi só isso. No cenário empresarial contemporâneo, tivemos um outro impacto até então nunca pensado. Creio que um dos maiores desafios enfrentados por líderes em suas corporações foi o de gerenciar e inspirar uma força de trabalho composta por várias gerações. Com Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z atuando juntos, os líderes precisaram se desenvolver e, eu diria, precisaram desenvolver uma marca pessoal forte e adaptável para engajar e motivar suas equipes de maneira eficaz. Meu intuito hoje é explorar a interseção entre a marca pessoal do líder, o mercado no qual está inserido e as estratégias para liderar e inspirar essas gerações distintas, garantindo resultados positivos para a empresa. Vamos entender o mercado no qual estamos inseridos. Este lugar dinâmico, algumas vezes caótico, porém necessário, está em constante evolução, moldado por avanços tecnológicos, mudanças demográficas e expectativas variadas dos empregados. A coexistência de quatro gerações no local de trabalho é um reflexo dessas mudanças, trazendo uma diversidade de habilidades, experiências e perspectivas. Vamos entender melhor as características dessas gerações: · Baby Boomers (1946-1964): Tendem a valorizar a estabilidade no emprego e a lealdade à empresa. Preferem comunicações mais formais e valorizam o reconhecimento de sua experiência e contribuição. · Geração X (1965-1980): Valorizam a independência e a flexibilidade no trabalho. São céticos em relação à autoridade e preferem líderes que sejam acessíveis e transparentes. · Millennials (1981-1996): Procuram propósito e significado em seu trabalho. Valorizam a colaboração, o feedback constante e as oportunidades de crescimento. São nativos digitais e esperam que a tecnologia faça parte do seu ambiente de trabalho. · Geração Z (nascidos após 1997): Cresceram com a internet e as redes sociais. Valorizam a autenticidade, a inovação e a diversidade. Buscam ambientes de trabalho inclusivos e dinâmicos, onde possam desenvolver suas habilidades rapidamente. (fonte: https://www.hays.com.br/insights-de-mercado/artigo/como-gerenciar-equipe-multigeracional ) Ou seja, um trabalho muito simples para o líder reger esta orquestra onde cada um “toca seu instrumento” baseado em sua forma de enxergar a partitura. Porém, é aqui que um líder com uma boa marca pessoal desenvolvida saberá fazer com que todos leiam a mesma partitura e que o resultado seja harmônico. Claro que a realidade não é tão simples como ensaiar uma banda, mas creio que você pegou a essência... Trouxe essa ideia para mostrar a importância da marca pessoal do líder e deixar claro que essa marca pessoal, quando bem posicionada, se torna essencial para navegar no mercado no qual estamos inseridos e influenciar positivamente uma equipe multigeracional. Ela é construída com base em autenticidade, que para mim é a pedra fundamental do processo, juntamente com o autoconhecimento, valores claros, habilidades de comunicação e uma presença consistente e inspiradora. Você deve estar se perguntando: “Mas na prática, como posso desenvolver minha marca pessoal e aplicá-la para liderar e motivar essas gerações?” Vamos ver alguns pontos, seus impactos e estratégias para que você, mesmo sem um processo estruturado de personal branding, possa começar a analisar e praticar. Autenticidade e integridade Impacto: Os líderes que são genuínos e transparentes conquistam a confiança de suas equipes. Demonstrar integridade, ser fiel aos seus valores e estar disposto a admitir erros são atitudes que ressoam positivamente com todas as gerações. Estratégia: Compartilhar experiências pessoais e profissionais, ser transparente sobre decisões e manter uma comunicação aberta e honesta. Comunicação eficaz e adaptável Impacto: A comunicação é fundamental para liderar com sucesso uma equipe multigeracional. Cada geração tem suas preferências de comunicação e um líder eficaz deve ser capaz de adaptar seu estilo para atender a essas necessidades variadas. Estratégia: Utilizar uma abordagem multimodal, incluindo reuniões presenciais, e-mails, mensagens instantâneas e redes sociais corporativas, para garantir que todos estejam informados e envolvidos. Visão e propósito claro Impacto: Um líder deve ser capaz de articular uma visão clara e inspiradora que ressoe com todas as gerações. Um propósito comum une o time, independentemente das diferenças de idade ou experiência. Estratégia: Definir e comunicar a visão e missão da empresa de maneira que todos possam entender e se identificar. Envolver a equipe na definição de metas e objetivos para garantir um senso de propriedade e compromisso é imprescindível. Flexibilidade e adaptabilidade Impacto: A flexibilidade é crucial no mercado no qual estamos inseridos. Os líderes devem estar preparados para adaptar-se rapidamente às mudanças e oferecer soluções flexíveis para suas equipes. Estratégia: Implementar políticas de trabalho flexíveis, como horários de trabalho ajustáveis, opções de trabalho remoto ou híbrido quando possível, e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo. Desenvolvimento e mentoria Impacto: O desenvolvimento contínuo é valorizado por todas as gerações, embora de maneiras diferentes. Os líderes devem promover uma cultura de aprendizado e crescimento, oferecendo oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal. Estratégia: Estabelecer programas de mentoria, oferecer treinamentos regulares, ajudá-los com o desenvolvimento estratégico de suas marcas pessoais, além da possibilidade de criar caminhos claros para o desenvolvimento de carreira dentro da empresa. Diversidade e inclusão Impacto: A diversidade geracional é apenas uma faceta da diversidade no local de trabalho. Promover um ambiente inclusivo onde todas as vozes são ouvidas e respeitadas é fundamental para o sucesso organizacional. Estratégia: Implementar políticas e práticas que promovam a diversidade e a inclusão. Criar grupos de afinidade e realizar workshops de sensibilização para fomentar a compreensão e a colaboração entre gerações. Por fim, estamos falando de gerir 4 gerações de algo não tão simples, porém factível de se fazer, uma vez que esse líder tenha um posicionamento muito claro de sua marca pessoal, como já falei acima. A marca pessoal do líder é uma ferramenta poderosa no mercado no qual está inserido, especialmente quando se trata de liderar uma equipe multigeracional. Quando se é autêntico, adapta-se a comunicação, articula-se uma visão clara, é-se flexível, há desenvolvimento contínuo e valoriza-se a diversidade, os líderes podem inspirar e motivar suas equipes a alcançarem resultados extraordinários. Tenha sempre em mente que o sucesso organizacional depende da capacidade do líder de harmonizar essas diferenças geracionais e criar um ambiente de trabalho inclusivo e colaborativo. Com esta “partitura”, não tem como um tocar rock e outro bolero; todos estarão no mesmo ritmo, na mesma frequência, porque há uma marca forte regendo esta junção de gerações. Bóra trabalhar essas equipes multigeracionais!
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